Páginas

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O medo da opinião dos outros, por Osho

O maior medo que existe neste mundo é o da opinião dos outros. E, no momento em que passa a não temer o grupo a que pertence, você deixa de ser uma ovelha, você vira um leão. Um grande rugido se avoluma no seu coração, o rugido da liberdade.

Buda de fato já o chamou de o rugido do leão. Quando o homem chega num estado de absoluto silêncio interior, ele ruge como um leão. Pela primeira vez, ele sabe que a liberdade provém do fato de não ter mais medo da opinião de ninguém. O que as pessoas dizem não importa. Se eles o consideram um santo ou um pecador é irrelevante; seu único juiz é Deus. E para Deus, uma pessoa nunca é ruim. Deus significa simplesmente todo o universo.

Não é uma questão de ter de encarar uma pessoa; você tem que encarar as árvores, os rios, as montanhas, as estrelas - o universo inteiro. E esse é o nosso universo, fazemos parte dele. Não é preciso ter medo dele, nem lhe esconder nada. O todo já sabe de tudo, o todo sabe mais sobre você do que você mesmo.

E a questão seguinte é até mais importante: Deus já julgou. Não se trata de algo que vai acontecer no futuro; isso já aconteceu: ele já julgou. Portanto, até o medo do julgamento perde o sentido. Não é uma questão de esperar o Dia do Juízo Final. Você não precisa temer. O dia do julgamento já aconteceu no primeiro dia; no momento em que criou você, ele já o julgou. Ele conhece você, você é criação dele. Se algo saiu errado com você, é responsabilidade dele, não sua. Se você se perder, ele é o responsável, não você. Como você poderia ser o responsável? - você não é criação sua. Se você pinta um quadro e algo sai errado, não pode dizer que o quadro é a causa do erro - o pintor é a causa.

Portanto, não há necessidade de temer o seu grupo ou algum Deus imaginário lhe perguntando, no final dos tempos, o que você fez ou deixou de fazer. Ele já o julgou - isso é realmente significativo - isso já aconteceu, portanto, você está livre. E, no momento em que a pessoa sabe que está totalmente livre para ser ela mesma, a vida começa a adquirir um certo dinamismo.

O medo cria grilhões, a liberdade dá asas.

Extraído do livro "Coragem: o prazer de viver perigosamente"


Nenhum comentário:

Postar um comentário