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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A mente é uma mala cheia de coisas, por Satyaprem

A Observação introduz na sua vida a capacidade de ver que não existe nenhuma necessidade de se envolver com qualquer evento.

Você age com o momento, faz o que tem que ser feito, e quando termina, está terminado.

Existem muitas outras coisas em ocorrência.

Saiba: uma mente rica é cheia de eventos passados.

Uma mente pobre não tem eventos.

Pobreza significa não ter, não conter.

Por isso, permaneça vazio.

Até pode parecer que algum esforço é necessário, mas nada é exigido para que você exerça sua própria natureza.

A mente é uma mala cheia de coisas.

Você pode ir diminuindo o tamanho da mala, deixando somente o necessário.

Experimente!

Satyaprem - Diário
Brasil, 23/01/2012

http://www.satyaprem.com/diario.asp

domingo, 22 de janeiro de 2012

Aprendendo a conversar com Deus, por Nasrudin

Nasrudin, certa vez, estava sem um burrico que o ajudasse em seus afazeres.

Desesperado, sem ter meios de encontrar um, começou a orar, pedindo a Deus que lhe enviasse um burro.

- Deus, por favor, me ajude... me envie um burro!

Rezou por algum tempo e, certo dia, ao andar por uma estrada, deparou-se com um homem montado num burro e atrás levava um outro burro mais jovem.

Nasrudin aproximou-se do homem e este lhe disse:

- Mas que vergonha, eu estou trazendo um burro de tão longe, estamos todos esgotados, e aqui está este homem descansado, sem fazer nada!

E ameaçando-o com uma espada, completou:

- Vamos! Coloque o burrico nas suas costas e venha comigo até a próxima cidade!

Nasrudin, com medo, não disse nada, simplesmente colocou o burrico em suas costas e seguiu o homem. Andaram por várias horas e Nasrudin estava exausto de tanto peso.

Ao entardecer, chegaram na cidade mais próxima e o homem simplesmente fez Nasrudin descer o burrico das suas costas e seguiu adiante, sem sequer agradecer.

Nasrudin ergueu os seus olhos para o céu e disse:

- Está bem, Deus. Aprendi a minha lição. Na próxima vez serei mais específico...

O anúncio, por Nasrudin

Nasrudin postou-se na praça do mercado e dirigiu-se à multidão:

- Ó povo deste lugar! Querem conhecimento sem dificuldade, verdade sem falsidade, realização sem esforço, progresso sem sacrifício?

Logo juntou-se um grande número de pessoas, com todo mundo gritando:

- Queremos, queremos!

- Excelente! Era só para saber. Podem confiar em mim, que lhes contarei tudo a respeito, caso algum dia descubra algo assim.

A compreensão, por Osho

Eu nunca uso a palavra renúncia. Eu digo: - Regozije-se com a vida, com o amor, com a meditação, com as belezas deste mundo, com o êxtase da existência - regozije-se com tudo! Transforme o mundano em sagrado. Transforme estas paragens em outras paragens, transforme a terra num paraíso.

E então, indiretamente, uma certa renúncia começa a acontecer. Mas ela acontece naturalmente, não é você quem a faz. Não é um fazer, é um acontecer. Você começa renunciando à insensatez, renunciando ao lixo. Renunciando aos relacionamentos sem sentido. Renunciando aos trabalhos que não o preenchem. Renunciando aos lugares em que não é possível crescer. Mas eu não chamo isso de renúncia, eu chamo de entendimento, consciência.

Se você está carregando pedras na mão achando que são diamantes, não vou lhe dizer para renunciar a essas pedras. Direi simplesmente: - Fique atento e olhe direito! - Se você mesmo ver que não são diamantes, haverá necessidade de renunciar a elas? Elas cairão das suas mãos por sua espontânea vontade. Na verdade, se você ainda quiser carregá-las, será preciso fazer um grande esforço, será preciso uma enorme força de vontade para continuar carregando-as. Mas você não fará isso por muito tempo; depois que perceber que elas são inúteis, insignificantes, você não hesitará em jogá-las fora.

E, depois que suas mãos estiverem vazias, você poderá partir em busca de tesouros verdadeiros. E os tesouros verdadeiros não estão no futuro. Os tesouros verdadeiros estão no agora, aqui mesmo.

Extraído do livro "Consciência: a chave para viver em equilíbrio"