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segunda-feira, 26 de março de 2012

Permita que Deus lhe conquiste, por Satyaprem

Você é algo inimaginável.

E eu espero, do fundo do meu coração, que você esteja em condições de receber a visita do desconhecido.

Osho diz: "Deus não pode ser conquistado. Você só pode permitir que ele o conquiste".

Permita que Deus lhe conquiste.

E isso só acontece quando você sai do caminho.

Somente diante do colapso dos seus pensamentos e crenças - quase como uma colisão do complexo sistema chamado 'Você' -, que Deus pode aparecer.

Em nosso contexto, Deus é esse algo mais, essa não-coisa, que sempre esteve presente, porém, escondido embaixo das nuvens de pensamentos que você insiste em alimentar.

Não esqueça: "Você só pode permitir que Deus o conquiste".

Satyaprem - Diário
Brasil, 25/03/2012

http://www.satyaprem.com/diario.asp


segunda-feira, 19 de março de 2012

O paraíso é aqui e agora, por Satyaprem

O segredo que Satsang compartilha é que você é a Observação presente exatamente agora, exatamente aqui.

Que esforço precisa ser feito para ser o que você já é?

Que esforço você precisa fazer para estar aqui?

O que lhe é exigido para que você esteja no agora?

Já parou para perceber?

Inúmeras tradições nos envenenaram com a ideia de que deveríamos fazer algo, passar por uma série de ritos e princípios para chegar ao paraíso.

O convite neste momento é para que você pare e veja que este que você chama de “eu” acontece dentro d’Aquilo que, de fato, é Você – e isto é perfeito e está em todos os lugares, portanto, não pode ser alcançado num outro tempo e num outro lugar senão aqui e agora.

Ou seja, as tradições impossibilitam a visão clara de que o paraíso é aqui e agora e que não há absolutamente nada além disso.

Veja!

Satyaprem - Diário
Brasil, 19/03/2012

http://www.satyaprem.com/diario.asp


quinta-feira, 15 de março de 2012

Viciados no experienciar, por Mooji

Não vai ser a mente que vai lhe dizer: "Olha, eu estou me demitindo de você! Estou saindo de férias; vou lhe dar um descanso!"

A mente trabalha em período integral...

Você precisa agradecer pelo sono, pelo menos... o grande sono, que se aproxima e diz: "Tchau, mente!"

Pois quando você está em sono profundo, não há mente. Não há mente...

E... você gosta de dormir ou não?

Participante: - Muito.

Ótimo. Todo mundo adora dormir.

Como eu digo... você não compra a melhor cama possível para sonhar. Ninguém compra uma cama para sonhar. Você compra uma cama para dormir profundamente.

Você pode ter se casado hoje; ter sua noite de núpcias… Mas quando chega o sono profundo você não pode levar sua noiva com você. Ninguém pode entrar lá com você. Sua crença não pode entrar, nem mesmo "você" pode entrar! Mesmo o "eu" não pode estar lá. E você adora esse estado. Você adora esse estado, no qual você não está preso a nada! Não está em um estado de percepção. Você adora esse estado.

Se você não entrasse nesse estado, você não estaria tão revigorado hoje. Todo dia, você, em uma parte do dia que você chama de noite... você entra na completa cessação de toda atividade mental, toda atividade emocional. Você não tem nome, você não tem gênero. Não há hierarquias. Não há céu, não há inferno. Existe somente aquele silêncio absoluto. Lá, você não tem um emprego. Você não está empregado nem está desempregado. Além de todos os conceitos. E você adora esse estado.

Esse estado é somente uma pista para você, no seu estado de vigília. Esse estado existe aqui e agora também! Ele é como o leito de um rio... e sua mente é o rio que flui sobre ele. Esse silêncio, essa quietude está aqui.

Mas quando a consciência está acessível, a luz da consciência está acesa, o show está no ar, incluindo a noção de si mesmo: Eu, mim, você, tempo, ah! Percepção, diversão, sofrimento, tudo...

E nós adoramos isso! Você admite. Uma vez que começa, nós ficamos viciados! Nós estamos viciados no experienciar. Adoramos o contraste, a fricção... As incertezas, os altos e baixos. Eles lhe relembram de que você está vivo...

Participante: -Acho que eu não quero morrer.

Se você se compreendesse a si mesmo, você saberia que você jamais pode morrer. Se você sabe quem você é, você não precisa ficar na mente para continuar vivo.

Participante: - Está me faltando essa compreensão.

Não, não é isso. Apenas é que… você não está suficientemente voltado para ela. Alguma outra coisa a está ocultando... como estávamos dizendo ontem: a unha do seu polegar pode ocultar o sol, entende?

Um conceito pode ocultá-la (essa compreensão).

Um conceito que: "Ah, eu não quero morrer!"

Daí você não busca a verdade porque em algum lugar dentro de você há um trauma de que, ao se descobrir a verdade, há um tipo de morte de algo... algo que você está chamando de "você".

E estou lhe dizendo: isso NÃO É você.

São apenas as ideias que você tem sobre você, que não se baseiam na verdade. Elas são ilusórias. São um fantasma. E a sua vida é uma história fantasma. Você está abandonando a liberdade em troca de uma história fantasma.

Você compreende? Tudo isso que você pensa obter da mente e aaah... um dia isso vai acabar.

Você não quer morrer? Bem, um dia você vai morrer...

Enquanto corpo e mente, você vai morrer. Primeiro o corpo...

Mas se você compreende que você é Aquilo que está observando o corpo e a mente... e quando eu digo "compreende", não quero dizer compreender somente aqui (cabeça)... Mas você reconhece isso através da experiência direta que é aquilo que está sendo apontado aqui, entende?

Não apenas sendo indulgente com a mente, a mente, a mente... mas através daquela clareza irrefutável.

Sim. Nós podemos realizar essa investigação, essa introspecção. E então você não vai se importar com o que a mente está dizendo.

A diferença é que você tem um grande respeito por sua mente. E também lealdade à sua identidade como algo que é um construído na mente.

Sua oportunidade é descobrir quem você realmente é. E aí, se você quiser adorar sua mente, adore a mente! Pelo menos você vai amar a mente sendo livre.

Assim como seu polegar pode ocultar o sol... Um conceito pode ocultar a Verdade.


quarta-feira, 14 de março de 2012

Apenas celebre! por Satyaprem

A proposta que eu trago é que você faça um breve balanço do seu viver e veja: quem é que guia você?

Você é um mero objeto para a subjetividade pura que a Consciência é.

E neste momento você assume uma infinita liberdade, fazendo aquilo que está nas suas mãos e largando de mão todo o resto.

Apenas celebre!

O que quer que seja que tenha que se manifestar através de você, não pegue como pessoal.

Você não é uma pessoa!

Tudo é manifestação da Consciência, não tem nada fora dela.

É por isso que, do ponto de vista que Satsang nos convida a ver, aquela velha noção de céu e inferno desaparece.

Onde tem céu?

Onde tem inferno?

Só na sua imaginação.

Essa história tem apenas um papel de controle social e nenhum outro.

Você não vai a lugar nenhum – nunca foi e nem irá.

Você sempre esteve, está e estará aqui e agora.

Seja com uma noção equivocada de si como pessoa, com uma identidade, ou não.

Satyaprem - Diário
Brasil, 14/03/2012

http://www.satyaprem.com/diario.asp

terça-feira, 13 de março de 2012

O verdadeiro diamante, conto zen

Um dos mais famosos reis da Índia antiga, Bimbisara, foi visitar Buda.

Sendo um grande rei, ele sentiu que era importante causar uma boa impressão. Assim, decidiu presentear Buda com um presente que fosse muito raro, o mais lindo diamante de toda a terra. No entanto, ele estava tendo algumas dúvidas se o seu presente seria bem recebido, porque ouvira falar que Buda não era uma pessoa do mundo, não apreciava essas coisas.

Então, uma manhã, em seu caminho para Mango Grove, o bosque onde Buda estava com seus discípulos, o rei passou por um mendigo chamado Sudhas, que carregava com ele uma linda flor de lótus. Sudhas descobriu aquela flor florescendo fora de estação, num laguinho perto de sua casa.

Bimbisara quando viu, se aproximou. Ele viu que a beleza daquele lótus era realmente rara – era muito raro ver um lótus naquele momento do ano. Um homem como Buda apreciaria tal fato – ele pensou –, considerando esta uma alternativa perfeita como presente para Buda, caso ele negasse receber o diamante. Assim, o rei comprou a bela flor por uma rúpia.

Quando Bimbisara chegou, foi levado até Buda, onde prostrou-se e ofereceu o diamante, pensando que esse era o mais precioso dos dois presentes, ao menos em termos mundanos.

Todavia, quando ele foi colocar o diamante aos pés de Buda, Buda olhou para ele e disse: “Largue isso!” Assustado, o rei imediatamente soltou e sem pensar – porque ele não queria dizer “não” a Buda, especialmente diante de tantas pessoas que estavam apreciando aquele diamante tão precioso –, ele soltou.

No mesmo momento, o rei levantou a outra mão com o lótus e de novo Buda disse: “Largue isso!” Bimbisara largou o lótus e parou de mãos vazias na frente do Buda, ouvindo, pela terceira vez, o comando do mestre: “Largue isso!” No entanto, desta vez Bimbisara ficou vermelho, pensando que Buda estava tentando fazer dele um bobo, na frente de tanta gente, e retrucou: “Ou você é louco ou eu sou louco. Ambas as minhas mãos estão vazias. Que mais eu tenho que deixar ir? Que mais eu devo largar?” Ao que Buda respondeu: “Largue a si mesmo!” Mas Bimbisara insistiu: “Eu mesmo? Como posso largar a mim mesmo, se nem sei quem eu sou!” Buda, concluindo, afirmou: Muito bom! Agora vá para sua casa e encontre quem é você. Quando encontrar, volte aqui que estarei esperando por você”.

Era muito grande o insulto, na frente de dez mil discípulos o rei foi feito voltar e olhar para dentro de si mesmo e encontrar quem ele é. Mas, Bimbisara provou ser um homem de tremenda coragem, inteligência e integridade. Em seu palácio, ele disse: “Ninguém deve me perturbar, qualquer que seja o tempo que tome, eu vou fazer o que aquele homem disse. Irei encontrar quem sou”. E, assim, por três dias ele permaneceu em isolamento.

No quarto dia o rei emergiu como um homem mudado. Sua face brilhava com uma luz misteriosa. Ele voltou ao Bosque das Mangas para fazer um relatório de suas experiências, e Buda – sentindo que algo profundo acontecera ao rei – disse: “Pegue de volta o seu lótus e o seu diamante! Posso ver nos seus olhos e na sua face o brilho. Você encontrou aquilo que não pode ser abandonado, você compreedeu o ponto! Diamantes e lótus, essas coisas certamente são lindas, fazem belos presentes, mas elas não são você. Foi por isso que pedi que os abandonasse. De verdade, no momento que você encontra quem você é, então não há necessidade de abandonar nada.

Só é possível abandonar algo que é real. Ao notar que os objetos não são reais, você não precisa abandoná-los. Você só fica com aquilo que é real, aquilo que é real é tudo. Ao encontrar a si mesmo, todas as coisas que não são reais, são naturalmente abandonadas, sem esforço, pois deixam de ter a realidade que tinham antes. Nesse ponto, tudo se torna leela, uma grande brincadeira. Perder ou ganhar, qual é a diferença? Quem perdeu e quem ganhou?

Procure o seu “ser Bimbisara”. Ouvindo as palavras de Buda, aquele rei caiu aos seus pés e, ao cair, assim fez também o seu ego... quebrado, ao chão. Numa piscina de lágrimas, Bimbisara se tornou iluminado naquele momento e é dito que daquele momento em diante, ele seguiu Buda pelo resto de seus dias.

Comentado por Satyaprem

http://satyaprem.blogspot.com/2012/03/o-verdadeiro-diamante.html


segunda-feira, 12 de março de 2012

Quem é que guia você? por Satyaprem

A proposta que eu trago é que você faça um breve balanço do seu viver e veja: quem é que guia você?

O que é que guia o seu dia a dia?

Eu arrisco dizer que existe uma grande possibilidade de que seja esse fornecedor de dificuldades.

Não é a sua verdadeira natureza que está lhe guiando.

Mas eu me pergunto: por que optar por tanta dificuldade, se tanta facilidade está disponível ao alcance das suas mãos?

Não se assuste por mera ignorância, por não se dar conta de algo inestimável que existe dentro de você.

Resgate, reconecte com Isso que tem todas as respostas.

Ou, melhor ainda, que aniquila todas as perguntas e nos deixa sem necessidade de respostas.

Você insiste em transformar o mistério, que é viver, em um problema.

Mas, veja!

É apenas um mistério.

Extremamente intenso e cheio de vitalidade.

É simples!

Olhe para dentro!

Satyaprem - Diário
Brasil, 11/03/2012

http://www.satyaprem.com/diario.asp